O movimento LGBTQIAPN+ do Rio Grande do Norte e do Brasil perde uma de suas vozes mais combativas. Faleceu a ativista trans Jacqueline Brasil, uma figura emblemática e incansável na luta pela garantia de direitos e pela visibilidade da população trans e travesti. Sua partida deixa uma lacuna imensurável em diversas frentes de ativismo, onde sua presença era sinônimo de resistência e esperança.
Foto: Divulgação | Redes Socais |
Jacqueline Brasil era uma força
motriz em todo o país, com uma trajetória marcada pela atuação em uma vasta
gama de entidades e fóruns dedicados à causa LGBTQIAPN+. Sua militância se
estendeu por organizações de grande relevância, como a Associação de Travestis
e Transexuais na Luta por Direitos (ATREVIDA), a Associação Nacional de
Travestis e Transexuais (ANTRA), a Rede Nacional de Pessoas Trans e Travestis
Vivendo e Convivendo com HIV/Aids (RNTTHP), o Fórum Nacional de Pessoas Trans
(FONATRANS), o Fórum LGBT Potiguar, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) e a Articulação Aids do
RN. Em cada um desses espaços, sua voz ecoou em defesa da dignidade, do
respeito e da cidadania.
Além de sua notável atuação em
nível nacional e estadual, Jacqueline Brasil deixou um legado de acolhimento e
cuidado com a fundação da Casa Brasil. Localizada na cidade de Extremoz,
na Grande Natal, a casa de acolhimento se tornou um porto seguro para mulheres
trans em situação de vulnerabilidade, oferecendo não apenas um teto, mas também
apoio, afeto e a possibilidade de reconstruir suas vidas com dignidade. A Casa
Brasil, que funcionou por anos sob sua liderança, foi a materialização de seu
compromisso com a vida e o bem-estar de seus pares.
A trajetória de Jacqueline foi
marcada pela coragem de quem enfrenta o preconceito e a violência estrutural de
peito aberto. Sua luta incansável pela implementação de políticas públicas,
pelo acesso à saúde, à educação e ao mercado de trabalho para a população
LGBTQIAPN+ inspirou e continuará a inspirar novas gerações de ativistas.
Nas redes sociais, amigos, familiares e companheiros de militância lamentam a perda e relembram o impacto positivo de sua vida e de seu trabalho. A memória de Jacqueline Brasil permanecerá viva em cada conquista e em cada passo dado em direção a uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
O velório de Jacqueline Brasil acontece até na unidade de velórios Grupo Sempre no bairro do Alecrim na capital Potiguar (Rua dos Pajeús, 1502), já o último à ativista trans será amanhã (26/06), no Cemitério Sempre da Zona Norte (BR101 Norte, KM79), com chegada prevista às 9h.
Jacqueline Brasil presente!
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